Passa um cortejo rumo à sepultura
Onde o corpo jazia sem ventura...
Numa palidez horrenda sem beleza;
Ao despedir-se do corpo com tristeza!
Abre-se uma cova; sete palmos de fundura
P'ra repousar este ser sem compostura...
Ao pernoitar no agulheiro dos sábios na vileza;
Assanhando o prazer da carne numa pobreza!
Quão infeliz vivi sem o teu amor. Oh, Gertrudes!
Corria de botequim a botequim, réfem, de Ti...
Numa tristura, inglória; ébrio, por fim!
Ora, assistindo este funeral sob decrepitudes!
Eu, que tanto, deambulei, ao suspirar, por Ti...
Ao repousar, queixoso, os restos mortais, de mim!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 31/05/2012
Alterado em 31/05/2012