Acordei lúgubre ao mergulhar na paisagem
Nos teus olhos distantes em corrupios...
C'as lembranças se desfazendo na fuligem
Dos sentimentos sem os teus arrepios!
Vejo-a longínquo distanciar-se na pastagem...
Nos gravetos espalhados e bordados na silagem
Curioso perceber o teu abandono nos chuleios;
Do tempo atemporal dos nossos segredos!
Onde o coração ferido se esmorece...
No tremular da voz que emudece;
Colho-me em flores macilentas e tardias!
No deserto lúgubre do amor que fenece...
No tilintar dos ventos que insone desaparece;
Sofrente e desalinhado nestas horas fugidias!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 03/07/2012
Alterado em 08/10/2013