Na nudez esfumarenta
Das pregas enrugadas
Na tez que se violenta
Na linhagem,
Do tudo ou nada:
Onde moiçolas,
Desnudam-se
Sonhadoras...
No tempo...
Do vento...
Em pensamentos,
Lacrimosos...
Mórbidos, narcotizados
Sem desejos,
Nos lampejos...
Dos amores, descuidados;
Rachando a pedra bruta,
Que não se escuta mais...
Nem se decifra, apenas come;
Fome de homem,
E, tome o véu do desencanto,
Que fica no canto do canto da dor...
Oh dor desenfreada...
Nas ribanceiras infernais
Das inverdades, deflagradas
Na mirífica tradução do ocaso;
Escondidos, amarrados
E, deveras, entrecortados,
Nos caminhos dos sobejos;
Por entre, mãos e bocas,
Censurantes,
Lambidas a cusparadas
Na estiagem:
Da nudez quase fértil do corpo
Intrépida de rostos,
Nos velhos espelhos...
Sem portas, escancaradas
Onde corpos se deitam,
Por tampouco...
No oco do ovo
No covil,
Do quase nada.
Nas calçadas
Ou alcovas de sedas:
Refregam-se,
Anulam-se,
Vendem-se
Por tampouco...
Sob fogo cruzado,
No último broquel d'alma,
Evola-se,
E, escorre...
Fumarentas,
Languidamente...
No ultimo céu d'alma!