Uma porta se abre
Chego a vislumbrar um sentido
Mesmo envolto a chicotadas
Das lembranças arredias,
Do meu passado...
Uma porta se fecha
Feito um casulo - ensombrado...
Nas grades do eriçar - mortificado.
Uma porta, talvez, um sinal
Nas ranhuras da consciência,
Desafortunada
Descontextualizada
Desconfortada
Desaforada.
Uma porta, quiçá, uma presença
Ao se revelar - narcotizado...
Dum viver sob temores,
Nas vielas e becos das dores!
Que venha - esta porta - inteira!
Ranhurificada, por vezes, venal,
No sendal da alforria - metrificada,
Aprisionada em motes, talvez!
Na desilusão - mumificada.
Porta, Portinha, Portal
No déjà vu...
Douda caminhada!