No sertão d'alma o olho se enturvava
Na retirante sorte que lhe pesava...
Ao andejar céu à dentro na incerteza...
Qui'noutro janeiro passaria sem beleza!
A terra estucada pró mode não vingá
Dividindo à penúria c'm o Carcará...
Sempre à espreita p'ra a fome aliviar...
Esquelético e esquisito ao adejar!...
Pelos céus ensolarados do meu Sertão...
C'mo lágrimas salgadas que tempera o chão,
Na colheita infértil e desazada da ilusão...
Do homem que se ajeita na Servidão!
Dum sofrer desassisado do próprio Coração
Que chora nas invernadas do Caramunhão,
Ao deixar à sua terra p'ra viver na extrema-unção,
Do corpo e d'alma numa completa desolação!...