Nossa casa está vazia de amor
Não existem mais beija-flores nas janelas
Era um aconchegante e primoroso bangalô!
Muitas flores perfumadas nas janelas...
Chaminé sempre acesa sob querelas!
Nosssa vidas passavam tão singelas
Ficando aguada feito aquarela...
E o sonho se indo... pela janela!
Eriçado por tanta dor ao naufragrar
Em tormentas marítimas ao singrar...
Nossos sentidos e não mais ancorar!
Nossa casa não era mais àquela...
Radiante e perfumada...
Onde a tristeza não reinava
E o sol sempre brilhava!
Nossa casa era modesta e sem pressa
Hora tristura e langor em sentinela...
Na paisagem invertida nos desencontros
Dum amor que submergiu no silêncio alcatraz
No cais do desamor; ora sem paz!