Ao Poeta: Renan Tempest
Inefáveis são os teus versos gentis...
Que ressoam mornos em sopro leve,
Na flauta alecrim do tempo que trescala:
Notas, compassos, e prelúdios,
P'ra afugentar a dor do seu refúgio.
Cálidos são os teus versos, mesmo de tristezas;
remetem coragem, e versatilidade,
em meio a tanta pobreza
de espírito e caráter.
Porém, devolvo-os íntegros e hirtos,
a Ti, meu dileto amigo - que persigo:
através dos motes revelados, e
mais, postados...
Neste Recanto das Letras, também gentis!
Assim, terás sempre em mim:
(uma amiga do verso alecrim ou reverso
que possa existir).
Assim, estarás menos solitário nesta vida!
Lembrando-te que, terás muito mais ainda,
a tecer e tecer fios fluídicos da pura luz...
teias de sentimentos em forma de catarse,
mesmo em dias outonais,
mesmo em dias invernados - ou no caos!
Terás em mim um arco-íris também gentil,
como lume alto sobre as sombras,
que te entrevam a alma e o coração,
por vezes, sedento de tudo.
Tocaremos sim, a sinfonia da vida!
Pois morrer, às vezes, também é preciso;
Mas, viver viver muito além... é o que Sigo.
Pois, inexoravelmente,
Nuvens, sombras, e noites tenebrosas...
Sempre farão parte do nosso Carma.
E o nosso Darma - aqui e agora - é também ser Feliz!
Mesmo em Dias de Chuva...
Mesmo em Dias sem Sol!