Abrir caminhos c'as mãos sangrando
Percorrer léguas e léguas sorrindo
Só há distâncias e mil luas abrindo
horizontes, dias, e noites, caminhando!
Abrir estradas, vilas, e ruas, servindo
O bom da vida estradando
Ao cantar em versos a vida velejando
Sob os ventos gentis, caminhando...
Caminhar e seguir além do que há...
Caminhar e não ter medo de voltar
Soprando os ventos em acordes pelo ar
Na melodia caminheira de tanto esperar.
Abrir e caminhar na memória do encantado...
Eis a missão do sambista bem humorado
Que curte, canta, e sua, a viola e o dobrado!
Toca toca o violão,
O pandeiro, e o marreco...
Toca toca minha gente,
Cavucando outro cartado
Vê se leva para longe...
Esta voz do encantado!
Vê se leva essa gente...
que sente e tem coração
Que sofre e ri da dor...
Que dói dói sem direção
Caminhando pelos mares
Da doce... desilusão!
Vê se leve essa gente...
Que sente e tem coração.
Vê se leve essa gente...
Que sente e tem coração.