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ouço o vazio que vem dos átrios,
ter a noção exata desse vazio,
trevosamente silenciador,
ilusão em combustão,
labaredas em larvas, sismícas.
Mas além do vazio será uma outra cousa:
parte diferente do que fui ou do que sou;
estar veloz aos ventos brâmanes,
sem asas ou penugens rasantes...
E o tempo se vai,
no vai e vem;
não sou o mesmo,
e não tenho nada: a mais
( garras de gavião)!
Estou preso; e só.
O tempo, ah o velho tempo!
também envelheceu.
Estaremos disformes e inexatos
para reescrever doidices,
tolices em arrebol.
Mas verso a verso do avesso
versado - fará talvez,
inferência de tudo...
No todo que me acho,
ou deságuo - no vies,
de se estar incompletamente
incontido, na inequação...
Do NaDa que,
Ora - É-me a razão,
de TuDo.
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 27/01/2014
Alterado em 27/01/2014
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