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Há de...
Há de dizer do crepúsculo Há de dizer das cintilações Há de flutuar pelas lembranças.
E, distante se vai... O barquinho em alto-mar Desliza leve e sobe marulhando.
Há de ouvir o murmúrio do ventos Há de costurar as velas eriçadas Há de sentir a maresia das praias Há de ficar morrendo de saudade...
O barco Veloz Ficou Tombou Sumiu Partiu.
Ninguém mais o viu...
só uma gaivota alvíssima
voejante - assistiu: ao plainar tranquila
sobre às águas.
Ouviu! o último suspirar do barco
ao bordar a linha do horizonte
a riscar às águas bem profundo
ziguezagueando sem direção.
o tempo passou o barco passou o sonho acabou
E a vida escapou, por entre, as cintilações. E o meu olhar, se perdeu, desaguando... E a saudade, lentíssima, não quer cessar.
Anos depois, reviro na memória, A imagem daquele barco singrando Agora, restaram desolações e solidões.
Já não posso mais jogar a minha rede
Já não posso mais fisgar o passado...
E, no lugar do meu coração: – Nasceu uma estreladormar!
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 03/02/2014
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