Foto: Benjamim Moser
Uma nova morada foi soerguida
Sob os escombros desta história,
Sacro-santo-império,
No sangue, embalsamado,
Dum Coral, ainda Vivo -
Paredes longevas, longas e altas,
Foram levantadas em riste,
Íngreme construção, ocando um grito!
Ora, incidem audácias espúrias,
Ao expurgar no cálice sagrado,
O fel suntuoso - da (des)umanidade:
massacre, corte, e morte, à vista...
Porém além-mar, ainda se ouve,
O choro sussurrante...
Dos coraiszinhos menores, órfãos...
Choros moucos, extenuantes e gravíssimos.
Que se ouvem - além do farol - apagado.
Todavia há, mais além, daqui,
Um manancial brotante...
De nuvens exiladas,
Geradas pelas concepções abrigadas,
Em Cárcere Privado.
E ele - exausto, pobrezito, Coral -
- Sozinho, não se curva:
Apenas resiste,
Apenas responde,
- Ainda, estou vivo?!