Elzana Mattos

Gotas Acesas -  que jorram infinitamente...do meu ser!

Textos


 




 Traços ensombrados à porta adentram.
Riscos que se encobrem no silêncio...
Coisas espalhadas em chão de estrelas
Constelações dormentes ressonadas
Pores labirínticos enegrecidos.
 
Sobras, violas surdas e ausentes.
Dores trancafiadas em si mesmas
Na pasmaceira da hora vigilante.
 
E o tempo eólico desembaraça...
No fio da memória outros ranços
Intempestivos se revelam amiúdes
Na ilusão encarcerada de outros gritos.
 
Sombras agora passeiam livres
Entrecortando veludos, canudos,
Escudos e ventos chiados...
Soltar-se, abrir-se, sentir-se,
Misturado com tudo,
Porém, além-mar se preconiza,
Mansidão e quietude em movimentos
Calejados e batidos no solo do esquecimento.
 
Ruinas reunidas em meio a vida,
Restos e fissuras em jogatinas
Ouvir o silêncio em asco duro
Ver a deslucidez em muros hirtos
E ficar a mercê dos caos desnudos.
 
Afogar mágoas em mantos sujos,
Derramar lágrimas rubente,
Reescrever em pedra bruta,
Infortúnios e mentiras escusas.
 
Viver ou desviver além da morte,
No corte estrigueiro que fulmina,
A carne destemperada exposta,
Nas ruas, becos, e esquinas,
 
Esperar incólume o trem da vida...
Passar desenfreado e atrevido,
Não postergar - passar apenas,
Em rios de lascívias,
Camas de gatos,
No ato da tosca lida...
 
Furar o silêncio ensandecido,
E não mais enxergar além da vida...
Vendas e chocalhos acesos,
Brasas molhadas apreendidas.
 
Viver a mais ou menos tanto faz,
E, recolher os restos da hora,
Que desamanhecida se entrega,
Aos novelos imperfeitos,
Entrelaçados na gôndola do tempo
Que, comanda TUDO!...
 









 
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 05/06/2014
Alterado em 05/06/2014
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