Traços ensombrados à porta adentram.
Riscos que se encobrem no silêncio...
Coisas espalhadas em chão de estrelas
Constelações dormentes ressonadas
Pores labirínticos enegrecidos.
Sobras, violas surdas e ausentes.
Dores trancafiadas em si mesmas
Na pasmaceira da hora vigilante.
E o tempo eólico desembaraça...
No fio da memória outros ranços
Intempestivos se revelam amiúdes
Na ilusão encarcerada de outros gritos.
Sombras agora passeiam livres
Entrecortando veludos, canudos,
Escudos e ventos chiados...
Soltar-se, abrir-se, sentir-se,
Misturado com tudo,
Porém, além-mar se preconiza,
Mansidão e quietude em movimentos
Calejados e batidos no solo do esquecimento.
Ruinas reunidas em meio a vida,
Restos e fissuras em jogatinas
Ouvir o silêncio em asco duro
Ver a deslucidez em muros hirtos
E ficar a mercê dos caos desnudos.
Afogar mágoas em mantos sujos,
Derramar lágrimas rubente,
Reescrever em pedra bruta,
Infortúnios e mentiras escusas.
Viver ou desviver além da morte,
No corte estrigueiro que fulmina,
A carne destemperada exposta,
Nas ruas, becos, e esquinas,
Esperar incólume o trem da vida...
Passar desenfreado e atrevido,
Não postergar - passar apenas,
Em rios de lascívias,
Camas de gatos,
No ato da tosca lida...
Furar o silêncio ensandecido,
E não mais enxergar além da vida...
Vendas e chocalhos acesos,
Brasas molhadas apreendidas.
Viver a mais ou menos tanto faz,
E, recolher os restos da hora,
Que desamanhecida se entrega,
Aos novelos imperfeitos,
Entrelaçados na gôndola do tempo
Que, comanda TUDO!...